terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pedagogos e professores regentes assumiram aulas de Educação Física em MG

No dia 04 fevereiro publicamos aqui, a indignação da colega Diana Candelária de Andrade quanto à resolução do estado de Minas Gerais que permite professores regentes à frente das aulas de Educação Física.

Na reportagem abaixo constatamos que o fato é mais grave ainda......diretores e pedagogos defendem abertamente que as aulas de Educação Física sejam ministradas por eles ou pelos regentes de turma. Atento a essa questão, o CREF6 – MG reage com explicações do Presidente e Conselheiro Federal Prof. Claudio Boschi...... Clique aqui e veja a entrevista veiculada no último sábado (15/02) pela TV Globo com o título "Escolas sem educadores físicos podem substituir profissional por pedagogo"

Concluímos que em MG o assunto está decidido,  pela Secretaria de Educação.  Os regentes vão assumir as aulas de Educação Física.....................enquanto isso, todos os sindicatos, associações , CREFs e o CONFEF permanecem em silêncio.....Por quê????

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Educação Física será que ainda vale a pena?

 
A Educação Física no Brasil nunca foi um primor de organização, sendo sempre usada de forma estratégica por políticos.

Mas por causa da excelência dos seus profissionais, oriundo dessas mesmas faculdades, tão criticadas pelos Conselhos Profissionais, que temos algumas profissões, como a  Educação Física considerada referência para o mundo, tanto no mercado de fitness, na preparação física, como também nas escolas. Ainda pecamos na área dos projetos sociais, que de social não tem nada, pois, muitos vêm sendo usados como arma de caça a votos dos políticos, muitas vezes inescrupulosos, que colocam líderes comunitários como responsáveis pela prescrição de exercícios e atividades físicas nas vilas olímpicas, claro que tem exceções, mas a cada dia tornam-se raríssimas.

No entanto o que considero mais desanimador, no início de 2013, é ver que a postura arcaica, considerada até por alguns “demagógica”, dos dirigentes de Conselhos, Sindicatos, Confederações e Federações Esportivas continua em vigor. Eles se utilizam de truques da mais baixa politicagem, explorando a formação de nível superior - que como todo processo educacional no Brasil, deixa a desejar – para ganhar prestígio e imagem positiva junto à sociedade.

A cada dia a sociedade vai se distanciando dos Conselhos e Sindicatos, isso não acontece somente na Educação Física, mas em todas as profissões, cito e sempre me refiro à Educação Física por ser essa a minha profissão. Ações que poderiam representar uma novidade, repetem velhos erros com pessoas se auto promovendo, e se apresentando como salvadores. 

A escolha dessas pessoas para o comando das representações profissionais produz desalento e com o desalento vem a indignação, a revolta. Pena que ainda são poucas as pessoas que se sentem assim e mostram disposição e sentimento de luta pela mudança....pena.....o que vejo é uma desistência, e o mais perigoso: a abertura de espaços para organizações e oportunistas que incapazes de terem sucesso nas suas profissões, conseguem fazer da  Educação Física uma fonte de riqueza, sempre é claro acompanhada de um trabalho escravo, baseado no piso salarial mais baixo do Brasil, ludibriados ou amenizados com pagamentos por fora da carteira de trabalho, prática comum nas academias, clubes e associações brasileiras.

Não sou pessimista, mas quando a categoria vai sendo dominada por esse sentimento de subserviência, produz desalento e corremos riscos de que a grande maioria considere que nada disso vale pena, e com isso desistam da luta pela valorização profissional.

Por outro lado eu tenho recebido manifestações diversas sobre os temas publicados nesse blog, e isso nos enche de esperança de que no futuro nossa profissão seja legitimada pela sociedade.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Professores regentes podem assumir turmas de Educação Física em Minas

Meus colegas uma prova de que a guerra é contínua, e de que conquistaremos a valorização profissional vencendo cada batalha, são com os exemplos de profissionais que se manifestam que se unem e que demonstram sim, e sem medo, suas insatisfações. Prova essa demonstrada pela professora Diana Candelária de Andrade que está junto conosco em Minas Gerais. Abaixo segue a minha resposta ao e-mail dela, e em seguida transcrevo toda a sua indignação.


Mestre...vou aguardar o pronunciamento do Presidente Claudio Boschi do CREF6, que tem agido, em diversas secretarias estaduais e municipais de Educação em defesa da categoria, e do Presidente Jorge Steinhilber do CONFEF, ambos citados pela colega. Isso está acontecendo em todo Brasil, e parece que o Sistema não tem interesse em bater de frente com o governo, já que vários dos seus membros fazem parte desse governo via Ministério do Esporte, e por mais absurdo que possa parecer com parcerias também com o MEC. Vamos aguardar um pronunciamento dos dois órgãos até depois do carnaval,  no máximo até 28 de fevereiro. Confesso que acredito ser difícil o CONFEF nos apoiar, pois provavelmente eles não vão colocar em risco as parcerias com o MEC, mesmo que seja em defesa dos seus filiados, mas vamos tentar e continuar tentando!

“Olá Prof. Ernani Contursi, meu nome é Diana Candelária de Andrade, meu registro é CREF 017225-G/MG, venho através desse e-mail desabafar uma parte da minha indignação quanto ao absurdo que o governo de Minas fez aos profissionais de Educação Física, através da Resolução 2253 de 9 de janeiro de 2013

Art.4º cita que 'Nos anos iniciais do Ensino Fundamental os componentes curriculares de Educação Física e Educação Religiosa serão ministrados pelo próprio regente da turma, exceto quando na escola já houver professor efetivo ou efetivado pela Lei Complementar nº 100, de 2007, nesses componentes curriculares'

Isso é um verdadeiro retrocesso na nossa disciplina que em passos lentos vinha tomando sua posição de respeito e prestígio.

Esse caso já está no conhecimento do CREF6 e no CONFEF, que simplesmente alegam que estão verificando o caso, isso quando os mesmos não se mostram agressivos quando questionados sobre a Resolução.

Eu e vários profissionais de Educação Física estamos completamente perdidos e desorientados, até mesmo porque o CREF de Minas não nos deu nem um parecer sobre o caso. O salário dos professores já era uma miséria, desempregados então a situação se torna ainda pior, no entanto, a única coisa que não é falha é o boleto da anuidade do registro profissional que chegou, quando o ano de 2012 mal tinha terminado.

Gostaria muito que o Sr. Ernani Contursi, desse sua opinião sobre essa calamidade, pois vejo em seus artigos a trilha de sua luta por um local de respeito para nós profissionais.

Muito obrigada pela atenção, pois ultimamente o único local de desabafo vem sendo a rede social do Facebook”.

 Professora Diana Candelária de Andrade
 CREF 017225-G/MG