segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Por que não fomos ouvidos quando dividiram nossa profissão?

Não pensei que o assunto  Formação Única na Educação Física, coisa desocupados” (divulgado no dia 12/11), fosse gerar tamanha repercussão, tanto no meio acadêmico como no Sistema CONFEF/CREFs.....

Vamos por parte: é importante esclarecer que não conheço pessoalmente a Professora Celi Taffarel, e tampouco tenho afinidade com sua ideologia política, pensamos completamente diferente, mas daí a discordar de todos os posicionamentos dela, só por não concordar com sua ideologia é no mínimo uma insensatez, burrice. Ser sectário não é o nosso perfil, respeitar aos pensamentos contrários ao nosso, significa amadurecimento, significa democracia, significa que todos têm direitos e deveres iguais, isso posto: quero deixar claro que não vou parar de emitir opiniões, de exigir participação, de ficar indignado de ser chamado de desocupado dentre outros adjetivos......Somos contra a divisão de nossa profissão sim, mas estamos abertos para o debates, para sermos convencidos do contrário, não fechamos questão........pelo contrário, abrimos discussões....
Recebi um e-mail de um grande mestre, amigo pessoal e parceiro, pessoa que respeito muito, dizendo que a categoria está mal informada, que a divisão é positiva para Educação Física.....se ele me permitir publico aqui seu posicionamento, isso é democracia...isso é respeito às opiniões contrárias....

Não fomos consultados, e depois de dividido, por iniciativa única do presidente do  CONFEF, o CREF1  se posicionou contrário a divisão e reclamou muito de não ter sido consultado antes. Isso eu chamo de ditadura, de fascismo, se intitular o Deus e decidir tudo sem consultar a categoria........não vi nesses anos de divisão, nenhum benefício para a categoria.......pelo contrário, aumentou o tempo do curso de graduação, favorecendo as faculdades particulares, como tudo no Brasil, os privilegiados são sempre favorecidos......
Que tal, o CONFEF fazer um grande Congresso, debate aberto, com o tema LICENCIATURA X BACHARELADO.......Que tal???....Com certeza não vão querer, preferem os encontros e eventos dos temas blablablabla, intangíveis, em Foz do Iguaçu, do que debater os interesses dos 99% de profissionais que são contra a divisão da nossa formação......

É a oportunidade de ratificar a decisão do Conselho Federal, que sem consultar ninguém, nem mesmo seus Conselheiros, decidiu intervir no Ministério da Educação para que a Educação Física, também fosse incluída no sistema de Licenciatura e Bacharelado......nem precisa ser em Hotéis de luxo, pode ser numa universidade, e o dinheiro gasto com luxo seria destinado a transmissão ao vivo via internet......
Ah! não vão fazer???...então vamos fazer desse blog uma frente de debate, ....participem, aqui a censura é apenas para os mais exaltados que usam palavras inadequadas ou anônimos, as demais posições sempre terão espaço.

Podemos começar perguntando: Por que não fomos ouvidos, antes de intervir no MEC exigindo que a Educação Física também fosse contemplada com a divisão de licenciatura e bacharelado???

Aguardo respostas dos conselheiros do CONFEF e dos CREFs.

 

4 comentários:

  1. É vergonhoso o que está sendo feito com o conhecimento adquirido e conquistado durante anos na nossa profissão. Ao contrário dos que pensam que essa divisão favorece nossa categoria, acredito que essa divisão é uma postura do MEC que NÃO VALORIZA A ESCOLA. É pra formar professores mais rápido, em 3 anos. Isso faz com que qualquer indivíduo de personalidade limítrofe possa se formar e dar aulas... Na outra ponta, o Bacharel perde em instrumentalização didática e de planejamento de ensino (coisas que só existem nas licenciaturas), uma vez que o bacharel de hoje não quer ser professor de "coleginho". E a formação do bacharel é 4 anos. Portanto, a formação de bacharel é superior a de licenciatura. É isso que é comunicado pelos que representam nossa categoria. Isto é, pra escola, qualquer coisa serve.
    A coisa é assim porque a Educação Física Escolar de hoje é uma educação FROUXA, que não valoriza mais o esporte. Nada contra, mais o que adianta falar de educação olímpica, olimpismo, se temos "monitores" (arigós) dando oficinas esportivas DENTRO DAS ESCOLAS, e os professores de educação física dando joguinhos em sala de aula?
    Em nome da inclusão não se pode marginalizar a competição.
    Enfim, penso que não há como discutir essa questão sem entrar em oposição contra os PCNs do MEC pra Educação Física.

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  2. Concordo em partes.. acredito que o reconhecimento da classe tem que existir, deveria sim ter tido uma consulta junto a classe, ter aberto o tema para discussão, a varias opniões, seria o mais respeitoso a se fazer, mas por outro lado, a reforma não ocorreu apenas com nossa formação, mas com várias outras e acredito que a separação entre licenciatura e bacharelado, tem um lado positivo, a formação de bacharelado com a qual me formei, por exemplo, está muito mais direcionada as áreas que pretendo atuar, porem existem muitas cadeiras que "enchem linguiça", onde se aplica o que o professor falou.. na minha visão falta muitos ajustes e mais preocupação com a qualidade dos profissionais que estão se formando, pois não é a toa que nossa profissão é tão marginalizada, desvalorizada.. muitos pegam seus canudos e aplicam seus conhecimentos de forma tão absurda que os poucos profissionais que tentam dar a importancia devida a nossa profissão se tornam minoria!!

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  3. Alexandre Iserhard Ferreira12 de dezembro de 2012 às 09:36

    Aí galera!

    Lembram quando expus este assunto em congressos, cursos e mediações? Ainda quando presidente do sindicato, fui junto com meus companheiros de diretoria exigir uma explicação do Cref-RS, pedimos audiência com o CONFEF, que não quis nos receber. Acabamos enviando um ofício com o posicionamento do SINPEF-RS para o eterno presidente, ou "rei" do conselho federal.

    Olhem abaixo: texto acima.

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  4. Gramsci diz o seguinte; "o velho já morreu e o novo ainda não consegue nascer". A formação em EF esta em crise e nada esta sendo feito devido aos velhos pensamentos e ideologias de pessoas que se postam na posição de "Doutores" e não admitem a entrada do novo. O ensino em EF esta biológico, comportamental gerando Técnicos e não Professores que se reconheçam dentro de um contexto histórico, devido a isso, a passividade profissional principalmente no mercado fitness, pois as reproduções do senso comum em prol de um sistema econômico neoliberal faz com que PEF reproduzam comportamentos errôneos contribuindo para uma desvalorização da classe perante a sociedade. Deve haver uma reforma na formação em que o PEF aprenda sobre cultura, sociedade, filosofia para aí sim aprender a questão biológica da nossa área.

    Rafael Celi

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