segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A luta para manter a Educação Física na vida das crianças

Eu poderia encerrar o ano com uma mensagem bonita, emotiva, como vemos aos milhares nessa época do ano....mas decidi  homenagear alguém que nem conheço. Por isso, quero que cada um que ler essa mensagem tire suas próprias conclusões.

A colega Roberta Correia Romaguera do município do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco moveu uma ação (leia abaixo) contra sua Secretaria de Educação, firmando o entendimento da prevalência e necessidade do Prof. de Educação Física à frente da turma de alunos do ensino fundamental.

Professora Roberta é o exemplo de 2012, não pediu ajuda de CREF, de Sindicato, foi à luta para não ser transferida, para manter suas turmas da Educação Física do 1ª ao 5º ano do Ensino Fundamental e conseguiu...

Parabéns Mestre! Pena que você é diferenciada, pena que não temos milhares de colegas com essa mesma gana.....que seu exemplo leve a categoria em 2013 a lutar mais pelo seu espaço.....

De lamentável apenas a postura do Ministério Público local ao afirmar que nenhuma outra escola na cidade possui profissional de Educação Física à frente das turmas, não devendo a autora a única a permanecer.

Roberta Correia Romaguera é nossa referência de 2012!

Aproveito e comunico que estou saindo de férias para um descanso de 20 dias, durante este período não publicarei notícias no nosso blog. Mas, desejo a todos os colegas e leitores dessa coluna um Feliz Natal e um 2013 cheio de alegrias e realizações!  





Bacharelado X Licenciatura: Não se trata de segmentar a categoria, mas sim, de valorizar uma formação

A Cesar o que é de Cesar.

Nobre amigo, Prof Ernani Contursi


"Em primeiro lugar, para marcar meu posicionamento, mesmo porque não sou de ficar em cima de muro, deixo claro que não coaduno com a atual política 'hugochavista' implementada pelo CONFEF, que faz Montesquieu revirar no túmulo. Um dos princípios basilares da democracia é a alternância do poder, sem a qual se instituem forças hegemônicas que negligenciam o bem coletivo em prol de, a todo custo, permanecerem com os mandos e desmandos.
E que não se venha falar que a categoria precisa destes monarcas para crescer, pois, isso agride até mesmo àqueles menos privilegiados de inteligência. Foi exatamente com esse discurso que as forças autoritárias realizaram a falácia da 'revolução'. Tudo em nome de um povo que, supostamente, não sabia escolher seus representantes.
Mas, apesar dessa manifesta aversão, não posso deixar de registrar, mais uma vez, que a separação do curso de Educação Física em licenciatura e bacharelado se deu através da Resolução CFE nº 03 de 1987, ou seja, antes mesmo da regulamentação da profissão e, obviamente, quando ainda não existia o Sistema CONFEF/CREF.
O que ocorreu, em 2002, com as resoluções 01 e 02 do CNE foi o entendimento, a partir do belíssimo parecer CNE 09/2001 (vale muito a pena ler), de que formar um professor para atuar na educação básica é completamente diferente de formar um profissional para o mundo não escolar, e isso não é um privilégio da nossa profissão. Formar um professor de Biologia é diferente de formar um Biólogo;  formar um professor de Física é diferente de formar um Físico; e, e com isso concordo, formar um professor de Educação Física para atuar na educação básica é diferente de formar o profissional para atuar nos demais campos.

Não se trata de segmentar a categoria, mas sim, de valorizar uma formação que sempre foi relegada a segundo plano. Nossos cursos sempre foram muito voltados para o desporto, pelo menos na minha época, e a formação de educador ficava a cargo de meia dúzia de disciplinas ditas pedagógicas. A separação era tão grande, e aí sim tratava-se de separação de fato,  que as disciplinas da área pedagógica eram ministradas pela Faculdade de Educação. Ou seja, não tínhamos competência, nem mesmo no ensino superior, para formar educadores.
 
As resoluções citadas visavam corrigir essa aberração, dando maior importância a formação de professores para atuação no mundo escolar. O fato da proposta ter sido deturpada e adequada aos interesses do poder econômico não invalida o objetivo para o qual nasceram. O que precisamos, em minha opinião, é fazer valer de fato e de direito, o que estabelece a lei: dois currículos autônomos. E aí meu amigo, não podemos confundir currículo com grade curricular. Mas essa discussão fica para outro momento, embora urgente.

Em síntese, não foi o sistema CONFEF/CREFs, tampouco foram as instituições privadas que criaram os cursos de Bacharelado em Educação Física. Eles até se aproveitaram disso, mas não foram os pais da criança.

Precisamos aprofundar essa discussão".

Abraços fraternos,
Roberto Corrêa.....RJ

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Por que não fomos ouvidos quando dividiram nossa profissão?

Não pensei que o assunto  Formação Única na Educação Física, coisa desocupados” (divulgado no dia 12/11), fosse gerar tamanha repercussão, tanto no meio acadêmico como no Sistema CONFEF/CREFs.....

Vamos por parte: é importante esclarecer que não conheço pessoalmente a Professora Celi Taffarel, e tampouco tenho afinidade com sua ideologia política, pensamos completamente diferente, mas daí a discordar de todos os posicionamentos dela, só por não concordar com sua ideologia é no mínimo uma insensatez, burrice. Ser sectário não é o nosso perfil, respeitar aos pensamentos contrários ao nosso, significa amadurecimento, significa democracia, significa que todos têm direitos e deveres iguais, isso posto: quero deixar claro que não vou parar de emitir opiniões, de exigir participação, de ficar indignado de ser chamado de desocupado dentre outros adjetivos......Somos contra a divisão de nossa profissão sim, mas estamos abertos para o debates, para sermos convencidos do contrário, não fechamos questão........pelo contrário, abrimos discussões....
Recebi um e-mail de um grande mestre, amigo pessoal e parceiro, pessoa que respeito muito, dizendo que a categoria está mal informada, que a divisão é positiva para Educação Física.....se ele me permitir publico aqui seu posicionamento, isso é democracia...isso é respeito às opiniões contrárias....

Não fomos consultados, e depois de dividido, por iniciativa única do presidente do  CONFEF, o CREF1  se posicionou contrário a divisão e reclamou muito de não ter sido consultado antes. Isso eu chamo de ditadura, de fascismo, se intitular o Deus e decidir tudo sem consultar a categoria........não vi nesses anos de divisão, nenhum benefício para a categoria.......pelo contrário, aumentou o tempo do curso de graduação, favorecendo as faculdades particulares, como tudo no Brasil, os privilegiados são sempre favorecidos......
Que tal, o CONFEF fazer um grande Congresso, debate aberto, com o tema LICENCIATURA X BACHARELADO.......Que tal???....Com certeza não vão querer, preferem os encontros e eventos dos temas blablablabla, intangíveis, em Foz do Iguaçu, do que debater os interesses dos 99% de profissionais que são contra a divisão da nossa formação......

É a oportunidade de ratificar a decisão do Conselho Federal, que sem consultar ninguém, nem mesmo seus Conselheiros, decidiu intervir no Ministério da Educação para que a Educação Física, também fosse incluída no sistema de Licenciatura e Bacharelado......nem precisa ser em Hotéis de luxo, pode ser numa universidade, e o dinheiro gasto com luxo seria destinado a transmissão ao vivo via internet......
Ah! não vão fazer???...então vamos fazer desse blog uma frente de debate, ....participem, aqui a censura é apenas para os mais exaltados que usam palavras inadequadas ou anônimos, as demais posições sempre terão espaço.

Podemos começar perguntando: Por que não fomos ouvidos, antes de intervir no MEC exigindo que a Educação Física também fosse contemplada com a divisão de licenciatura e bacharelado???

Aguardo respostas dos conselheiros do CONFEF e dos CREFs.

 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Assembleia geral da Educação Física do Rio, 03 dias de debate

Os próximos anos serão de muito trabalho para a Educação Física do Rio de Janeiro. Nos dias 23, 24 e 25 de novembro o CREF1 realizou a 6ª Assembleia Anual, em Mangaratiba, município a 85 km do Rio de Janeiro com a presença de 105 profissionais de todas as regiões do estado.....

A assembleia foi convocada pelo CREF1, e contou com a participação de sindicatos, APEFs, câmaras técnicas do Conselho e todos os coordenadores das faculdades de Educação Física. O destaque também foi a participação ativa do movimento estudantil que se fez presente em todas as discussões.

O Rio de Janeiro apresentou o plano de ação de descentralização para os próximos 12 anos do Conselho, período de 2013 a  2025. E também as estratégias de investimento para o próximo ano. Várias discussões esquentaram o clima, principalmente quando professores - com o microfone na mão e direito de voz - foram até a frente e exigiram que o CREF1 participe de forma definitiva e ativa da valorização profissional, destacando a luta por salários, já que foi considerado ínfimo o piso salarial da nossa categoria.

Ficou decidido que nossa única Missão é dirigir todos os objetivos, metas e atividades visando a valorização profissional, lutando por condições e salários dignos  para todos os segmentos mercadológicos. Também ficou claro que a Educação Física na escola é o pilar da nossa profissão, uma boa Educação Física na escola cria  hábitos e conscientiza sobre a importância da prática esportiva e de exercícios para uma vida mais saudável e de qualidade.

Logo depois foi apresentado o orçamento do CREF1 para 2013, com abertura de cada conta, inclusive sobre as despesas com cada funcionário, com as sedes e postos avançados. Nesta linha de transparência também foram mostrados os gastos e orçamentos futuros das diárias de viagens dos conselheiros, funcionários, fiscalização e da presidência.

A assembleia decidiu que cada região do Estado deve assumir a Educação Física na sua jurisdição. O processo deve ser transparente de forma com que cada grupo faça uma assembleia no seu município, formando câmaras técnicas e representativas do segmento que apresentem ao CREF1 as ações necessárias em cada região.

Depois de três dias de intensos debates foi aprovado o plano de ação e orçamento, ficando a mensagem: Sem voluntários não existe Conselho,  sem câmaras e grupos dos diversos segmentos, não é CREF1.