segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Formação Única na Educação Física, coisa de desocupados

O 2º Seminário de Educação Física do Pantanal Mato-grossense (Sefipa), realizado no período de 17 a 20 de outubro, contou com a presença da professora  Celi Taffarel, na conferência de abertura, feita no Auditório Edival dos Reis - Cidade Universitária.

 
A palestra da professora discutiu a necessidade de uma formação unificada nos cursos de graduação em Educação Física. Ela defende uma formação ampla, unificada, sem que seja necessário dividir a formação acadêmica entre bacharelado e licenciatura. Celi Taffarel argumenta que a divisão da formação profissional é uma forma de enfraquecer o profissional e precisa ser combatida.
A reação do Conselho Federal foi imediata, criticando a todos que são contrários à divisão, e pior chamando de ataques sorrateiros e desocupados os defensores da formação única, sendo que a divisão em bacharelado e licenciatura é defendida única e exclusivamente pelos presidentes de CREFs e conselheiros do CONFEF.

Primeiro quero destacar que não somos inimigos da regulamentação, tampouco nos consideramos donos da verdade, muito pelo contrário fomos precursores deste movimento nacional que liderado pelo Rio de Janeiro possibilitou a legalidade profissional, mas sempre discutindo com a categoria nossos posicionamentos ideológicos e ações em prol Educação Física.

Isto posto, registro nosso total apoio à Profª Celi Taffarel nessa luta pela unificação da formação profissional, e desafio os Presidentes de CREFs e Conselheiros do CONFEF a fazerem uma votação com a categoria em todo Brasil sobre o tema. E já adianto que pelo menos no Rio e Espírito Santo 99% são contrários à divisão.

Os interesses escusos citados por conselheiros do CONFEF, com certeza não são nossos, já que estamos em sintonia com 99% dos Profs. de Educação Física  da nossa região, é fundamental que esses profissionais que hoje ocupam funções no Sistema CONFEF/CREFs, olhassem mais para os anseios da categoria e menos para seus umbigos.
Ofender, atacar, ameaçar com processos, chamar de antiéticos, marginalizar a Educação Física é exatamente ao contrário. Marginalização da profissão vem sendo uma atitude tomada pelos poderosos do momento sem consulta prévia à categoria, e mais grave sem representar o desejo dos Profissionais de Educação Física.

Lamentável a atitude do CONFEF em atacar qualquer postura contrária!!!


NOTA: O CREF1 foi contrário à divisão da nossa formação e até hoje se posiciona dessa forma.

 

11 comentários:

  1. Como pioneiro participante do movimento pela legalidade da educação física aqui no RS (Reg.076-G) acompanhei os desdobramentos e luta pela regulamentação, ficando um tanto a distância dos interesses políticos que viriam a desencadear o desconforto de hoje...não tenho qualquer recordação de meus colegas a favor da divisão entre licenciatura e bacharelado em todos os congressos em que participei, apesar dos discursos dos gestores da ed. física defendendo tal distinção. Não quero cometer nenhuma injustiça contra aqueles que compuseram as diretorias dos crefs, mas concordo que faltou amadurecimento pelas vias da pesquisa científica, tratando-se de profissionais com nível superior. Lembro-me de que participei de apenas um encontro para discutir os encaminhamentos sobre os instrutores de lutas com direito adquirido. Defendi a inclusão deles com uma área específica para desenvolvimento de política adequada com ampla participação devido à hierarquia radical das federações. Citei meu exemplo de auto-exclusão como federado por não ter conseguido avanços nas discussões pedagógicas. Como resultado perdemos a inclusão das lutas no contexto de desenvolvimento da área como ferramenta da educação física, quando os crefs foram condenados a não fiscalizar as Artes Marciais.
    Certamente, Celi Taffarel e Ernani Contursi podem ser entendidos como raros defensores públicos do anseio dos profissionais da educação física. Imagino que o modelo de organização que mais se adaptaria na estruturação da nossa categoria de profissionais seria a forma de gestão da área médica nos seus ramos de especialização. O corporativismo dos médicos e advogados lideram a coesão de suas políticas.
    Então, que possamos sensibilizar os gestores da educação física para descer de seus "degraus superiores" e descobrir através da pesquisa o tamanho da maturidade dos seus liderados para formatar novos rumos na profissão. Com certeza, o uso infeliz da expressão "desocupados" é próprio de uma reação raivosa e truculenta pra não dizer que foi ofensiva àqueles que pensam diferentes, mas continuam em dia com suas contribuições econômico-financeiras e de recursos humanos para manutenção da educação física como entidade (não no meu caso, portador de invalidez permanente desde 2006).
    Finalmente, meu grande receio é que o modelo eternizado pelas federações seja agora incluído no modo de agir, reagir e gerenciar os destinos da educação física. Um modelo de gestão pouco pedagógico, e quando se sentem ameaçados no poder partem para as agressões inesperadas.

    ResponderExcluir
  2. Existem pessoas que não aceitam opiniões contrárias as suas.
    Sou professor de Educação Física, licenciatura plena, formado em 1980, e essa divisão é uma covardia feita aos novos professores de Educação Física. Limita sua área de atuação e com isso limita a sua possibilidade de conseguir mais espaço de trabalho.
    Estou registrado co CREF por todos esses anos e não vejo nada que justifique a criação do mesmo, já que a única coisa que sei que fazem, de maneira pontual, é prender alunos de EF que ministram aulas em academias.
    Os problemas da EF vão muito mais além do que isso, como a invasão de leigos dando aulas de lutas criando verdadeiros exercitos de lutadores com desvio de conduta e a perda de espaço e de salários, que continuam ínfimos.
    O CREF ou já perdeu essa luta ou não está nem aí para ela.
    Enfim, para que serve o CREF? Somente para limitar a autação do Professor de Educação Física?

    ResponderExcluir
  3. Ótimo artigo profº! Enfim surge uma voz em defesa da nossa profissão!!!

    ResponderExcluir
  4. Eu sou favor da unificar as formação ,isso é uma humilhação aos professores e sem respeito a nós ,e desmotivante .

    ResponderExcluir
  5. Então vamos lutar! "aquele que não se identifica com a luta está do lado inimigo" No momento o inimigo (chamo assim mesmo) é O CONFEF. Na ultima festinha que vocês no dia 1 de setembro(dia de vocês apenas porque o meu dia é do professor) teve monobloco na Fundição Progresso no Rio de Janeiro um rapazinho muito cativador estava no palco falando as maravilhas do pequeno universo desse sistema perverso. CREF vocês deveriam está nas escolas superiores promovendo o debate da nossa formação e não oferecendo essa alienadora carteirinha chamada de crefinho..

    ResponderExcluir
  6. É bom saber que tem gente que luta pelo justo, eu me junto a Celi Taffarel e aos 99% do ES por uma educação física sem divisão.

    ResponderExcluir
  7. Excelente artigo!
    É bom saber que não estamos completamente abandonados em nossos anseios e sonhos.
    Falta de respeito e omissão é assim que o Confef nos retribui "desocupados".
    Sugiro a criação de um abaixo assinado eletronico a favor da formação unificada.

    ResponderExcluir
  8. É SÓ O SENHOR DAR OPORTUNIDADE, QUE SEREMOS VIGILANTES DA PROFISSÃO....

    Att.

    Profº Esp.Diogo Bastos
    CREF - 022234-G/RJ

    ResponderExcluir
  9. Como é bom saber que existem profissionais que se preocupam com essa questão e tem a visão da professora Celi Taffarel.
    Pois a divisão é uma maneira de enfraquecer a classe e beneficiar quem atua nos grandes centros.

    Sérgio A. Reis

    Técnico de Processo
    Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

    ResponderExcluir
  10. Venho por meio dessa expressar minha indignação, com o que estão transformando minha profissão, primeiro foi essa absurda divisão do curso de Educação Física em dois cursos,isso só serve pra duas coisas, "ENFRAQUECER A PROFISSÃO" e diminuir conteúdos, sob a alegação de que não precisa aprender certos conteúdos, por não ser usado no seu metiê,o que não procede, pois tira conhecimento global da profissão, só servindo para perdermos área de atuação, temos que ter em mente que a Educação Física é uma profissão quase que multi-disciplinar, pois sua abrangência é enorme e o cabedal de informação á ser adquirido tambem é enorme, não podendo ser dividido sob pena de perdermos nossa identidade.
    A Educação Física engloba conhecimentos de Educação, Didática,Pedagogia, Psicologia, Biologia, Física, Química, Anatomia, Cinésiologia, Treinamento, Nutrição, Avaliação e Prescrição de Exercícios, não dá pra dividir!!

    ResponderExcluir

Obrigado por comentar! Aguarde, em breve seu comentário será publicado.