segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Avalanche de leigos nas escolas

Continuamos na saga de tentar frear os impulsos eleitoreiros dos nossos governos – independentemente da sigla partidária - de colocarem leigos, conhecidos também com codinome Monitor de Esporte, para ministrarem iniciação esportiva em diversos esportes nas escolas municipais de todo Brasil.

No Rio de Janeiro, iniciamos uma cruzada, uma verdadeira cruzada contra esses programas, e por mais incrível que possa parecer até o projeto “Segundo Tempo” do Ministério do Esporte, através do programa “Mais Educação”, tem atuado preferencialmente com leigos à frente das atividades esportivas no contra turno escolar.

Os Conselhos Regionais receberam um ofício do CONFEF dizendo que a orientação do Ministério do Esporte é de contratar somente Profissionais de Educação Física. No papel pode até ser, mas na prática o que estamos constatando é uma avalanche de leigos atuando nas escolas.

Com uma bolsa de R$ 300 e a contratação sendo feita pelos diretores das escolas, o MEC alega que não é salario, é ajuda de custo, uma bolsa auxilio, por isso não pode aumentar e por esse valor não tem profissional que aceita trabalhar.

Acredite, são R$ 300 mesmo!!! Podemos concluir que o projeto tem outros fins que não são o estabelecido no programa  “Mais Educação”...que educação??? Já inicia errando na premissa, quando contrata pessoas despreparadas, ao arrepio da lei, na ilegalidade, para ministrar aulas no projeto. Veja como está divulgado no site a estrutura do funcionamento do projeto:
“Profissionais atuantes: monitores com experiência, graduados e/ou graduandos em Educação Física/Esportes”

Pagando pouco, ninguém aceita ou nenhum profissional que estuda anos nas faculdades vai aceitar trabalhar por R$ 300.......aí é que nossos governos, alegando falta de interesse, colocam filhos de cabos eleitorais, indicações de vereadores, amigos do diretor, para ministrar aulas.......é mole???

Vamos denunciar aos CREFs, vamos infernizar a vida da fiscalização e dos dirigentes dos Conselhos Regionais......encher a caixa de e-mail denunciando irregularidades e exigindo providências ...usem a rede, a internet, alguém tem que mostrar para os nossos governantes que Profissionais de Educação Física não são massa de manobra para fins eleitoreiros.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Estão fatiando nossa profissão, e você o que vai fazer?


O Projeto “Mais Educação” é realizado nas escolas e Vilas Olímpicas dos municípios (aqui vamos citar o município do Rio de Janeiro) com o patrocínio do Governo Federal (MEC), leia-se esse patrocínio com meu, seu, nosso dinheiro...

A proposta é entreter e manter os alunos mais tempo na escola através das aulas de Futsal. O projeto dá autonomia para as diretorias escolares, mas estabelece a exigência de contratar pessoas que tenham apenas o ensino médio completo ou que sejam, de preferência, estudantes de Educação Física. Só para citar um exemplo, na  Escola Municipal Henrique de Magalhães em Bangu, cidade do Rio de Janeiro, tem quatro oficineiros, um de dança, um de lutas e dois de Futsal, sendo um leigo e o outro estudante de Educação Física que trabalham com as turmas que ficam no contra turno com aulas de reforço.

O mesmo Ministério da Educação que exige formação de 3º grau, e dividiu nossa profissão em Bacharelado e Licenciatura para atender a população brasileira com qualidade - segundo MEC e CONFEF - cria uma nova profissão ao arrepio da Lei 9696 de 1998 que é exclusiva de profissionais de Educação Física, e assim vão aos poucos, comendo pela beiradinha, fatiando nossa profissão, tudo com o beneplácito de todas as organizações que dizem representar a categoria.

Vamos colocar a boca no trombone, denunciar estas ilegalidades nos CREFs. Vamos exigir que esses pseudo professores sejam encaminhados à delegacia por exercício ilegal da profissão, como está fazendo o CREF1 no Rio de Janeiro, se não vestirmos a camisa da defesa da profissão, a situação só tende a piorar,...............o professor  do dia a dia, que rala, que labuta, é que aos poucos vem perdendo espaço , principalmente agora com o fim do período eleitoral tanto nos governos municipais, como nos CREFs, a tendência volta a ser de acomodação.



DENUNCIEM, PARTICIPEM....NÃO VAMOS DEIXAR NOSSA PROFISSÃO SER ANIQUILADA!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Formação Única na Educação Física, coisa de desocupados

O 2º Seminário de Educação Física do Pantanal Mato-grossense (Sefipa), realizado no período de 17 a 20 de outubro, contou com a presença da professora  Celi Taffarel, na conferência de abertura, feita no Auditório Edival dos Reis - Cidade Universitária.

 
A palestra da professora discutiu a necessidade de uma formação unificada nos cursos de graduação em Educação Física. Ela defende uma formação ampla, unificada, sem que seja necessário dividir a formação acadêmica entre bacharelado e licenciatura. Celi Taffarel argumenta que a divisão da formação profissional é uma forma de enfraquecer o profissional e precisa ser combatida.
A reação do Conselho Federal foi imediata, criticando a todos que são contrários à divisão, e pior chamando de ataques sorrateiros e desocupados os defensores da formação única, sendo que a divisão em bacharelado e licenciatura é defendida única e exclusivamente pelos presidentes de CREFs e conselheiros do CONFEF.

Primeiro quero destacar que não somos inimigos da regulamentação, tampouco nos consideramos donos da verdade, muito pelo contrário fomos precursores deste movimento nacional que liderado pelo Rio de Janeiro possibilitou a legalidade profissional, mas sempre discutindo com a categoria nossos posicionamentos ideológicos e ações em prol Educação Física.

Isto posto, registro nosso total apoio à Profª Celi Taffarel nessa luta pela unificação da formação profissional, e desafio os Presidentes de CREFs e Conselheiros do CONFEF a fazerem uma votação com a categoria em todo Brasil sobre o tema. E já adianto que pelo menos no Rio e Espírito Santo 99% são contrários à divisão.

Os interesses escusos citados por conselheiros do CONFEF, com certeza não são nossos, já que estamos em sintonia com 99% dos Profs. de Educação Física  da nossa região, é fundamental que esses profissionais que hoje ocupam funções no Sistema CONFEF/CREFs, olhassem mais para os anseios da categoria e menos para seus umbigos.
Ofender, atacar, ameaçar com processos, chamar de antiéticos, marginalizar a Educação Física é exatamente ao contrário. Marginalização da profissão vem sendo uma atitude tomada pelos poderosos do momento sem consulta prévia à categoria, e mais grave sem representar o desejo dos Profissionais de Educação Física.

Lamentável a atitude do CONFEF em atacar qualquer postura contrária!!!


NOTA: O CREF1 foi contrário à divisão da nossa formação e até hoje se posiciona dessa forma.

 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Fiscais do CREF são trancados em escola no Rio

Começo por contar o fato a partir daqui, segundo informação de fonte segura:

A Diretora da escola fechou a porta da sala, na tentativa de alterar o texto do auto de infração onde estava descrito tudo que ela mesma havia informado com a chegada dos fiscais. Quanto ao exercício ilegal não estava preocupada, queria apenas que retirassem todas as informações prestadas até o momento...A Diretora trancou a porta da sala, mantendo os fiscais trancados junto com ela, e chamou a polícia. Não satisfeita, tentou rasgar o Termo de fiscalização em uma distração dos fiscais, mas foi  impedida, a tempo, por um deles.

Os policiais chegaram. A Diretora abriu a porta, e foi constatado o exercício ilegal da profissão. Os policiais  comunicaram que a ação do CREF1 era legal, mas que todos poderiam proceder para delegacia para resolver o impasse.............. a partir daí a diretora recuou, e o falso professor assinou o Termo de Fiscalização assumindo que não tinha formação em Educação Física e registro no Conselho.

Não fiquem chocados, isso não basta! Denunciem, procurem o seu CREF.   Faça sua denúncia, ela é muito importante e pode fazer a diferença na profissão. Clique aqui e denuncie.