segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma profissão que não precisa dos seus dirigentes...

A Educação Física de hoje te mais de bom do que de ruim...E continuando assim, o que de pior pode acontecer é continuar com o mesmo espaço e status no mercado de fitness, condicionamento físico e Educação Física na escola.

O que registramos como bom é que somos uma profissão que atua em vários espaços, desde a educação, passando pela saúde e lazer.

Tem problemas? Claro que temos! E são muitos e alguns muitos reais. Hoje somos 200 mil registrados nos CREFs, em todo Brasil e são mais de 400 faculdades! Mas, devido a essa massificação de IES, um situação que deveria ser admirável passa a ser um problema na qualidade da formação dos egressos. As instituições de ensino dão mais atenção à quantidade do que à qualidade.
No mercado de fitness, as academias não param de se multiplicar...Seria ótimo se essa multiplicação significasse valorização desse espaço como centros de saúde, com prescrição de exercícios com qualidade e segurança. A maioria é assim, mas ainda temos milhares de academias voltadas única e exclusivamente para estética.

A Educação Física na escola se mantém graças ao esforço da categoria e à dedicação dos colegas que militam na área, mas, tanto por parte do governo como dos proprietários de escolas, a tendência é cada vez mais retirar da grade curricular as exigências da disciplina Educação Física (veja o artigo sobre a resolução 07 CNE/MEC, a respeito da Educação Física do 1º ao 5º ano do ensino fundamental).



O piso salarial nas escolas, na maioria dos estados brasileiros, chega a R$ 15/hora-aula, uma realidade de subemprego que leva todos os profissionais da Educação no Brasil a trabalharem em duas a três escolas para ter um salário digno que possa manter sua família...

Isso comprova que infelizmente a educação no Brasil não é prioridade dos governantes, tampouco temos sindicatos realmente representativos. Hoje, todos são pelegos do governo e o piso salarial das academias chega às raias do ridículo!!! R$ 4 reais!!! Uma vergonha, um completo escárnio dos patrões, infelizmente, apoiado pelo CONFEF, que teme o poder dessa gente.

Mas, também temos pontos positivos, em que se destacam: os fiscais dos CREFs não extorquem, apenas fiscalizam; alguns Sindicatos e pouquíssimos CREFs investem em treinamento, capacitação gratuita dos seus filiados...Apesar do pouquíssimo, já temos uma iniciativa da valorização profissional...Se investíssemos em capacitação em vez de em propaganda de autopromoção ou troca de favores com políticos, hoje, teríamos uma profissão ainda melhor.

O melhor de tudo é que a profissão não precisa de seus dirigentes para conservar e aprimorar tudo aquilo que construímos e segue se organizando em cada cidade, em cada região.

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